Medicina Tradicional Chinesa

A observação de tudo aquilo que somos

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Atualmente em Portugal, só pode exercer esta prática quem for detentor de cédula profissional e apenas se pode praticar em espaços devidamente regulamentados e registados na Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Medicina tradicional chinesa (MTC) é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas no curso da sua história.

A MTC é utilizada principalmente como medicina complementar, com caráter integrativo e complementar – não substitutivo – à medicina alopática.

Observe-se que é uma história que não corresponde exatamente à China que conhecemos hoje, e sim à Ásia.

Ao longo de milhares de anos, quando se foram consolidando as fronteiras dos atuais países e desenvolvendo uma civilização que reuniu mais da metade das descobertas e invenções tecnológicas do “mundo moderno”.

 

A medicina chinesa pode ser considerada, portanto, uma “sistematização” das mais antigas formas de medicina oriental, abrangendo, para fins de estudo, as outras medicinas da Ásia, como os sistemas médicos tradicionais do Japão, Taiuan, da Coreia, do Tibete e da Mongólia.

A MTC foi desenvolvida empiricamente a partir da observação e experiência clínica, e documentada em muitos textos, hoje clássicos.

Fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Ela inclui entre os seus princípios o estudo da relação de yin/yang, da teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelos meridianos do corpo humano.

Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano e a sua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão tanto ao tratamento das doenças quanto à manutenção da saúde através de diversos métodos.

Princípio básico da MTC

A teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) que circula pelo corpo através dos canais, chamados de meridianos, os quais teriam ramificações que os conetariam aos órgãos.

Os conceitos de “corpo” e “doença” utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa baseiam-se em noções de uma cultura pré-científica, similar à teoria europeia dos humores (humorismo), em voga até o advento das pesquisas médicas modernas dos anos 1800.

Os principais métodos de tratamento da medicina tradicional chinesa basicamente são:

  1. Tui Na ou Tuiná (推拿)
  2. Acupuntura (針疚)
  3. Moxabustão (艾炙)
  4. Ventosaterapia (拔罐)
  5. Fitoterapia chinesa (中药)
  6. Terapia alimentar chinesa (食療) ou dietoterapia chinesa
  7. Práticas físicas: exercícios integrados da prática de meditação relacionadas à respiração e à circulação da energia, como o qi gong (Chi Kung) (氣功), o Tai ji quan (太極拳) e outras artes marciais chinesas internas que podem contribuir para o reequilíbrio do organismo.

Escola Moderna de Medicina, Shanghai Jiao Tong University

A medicina tradicional chinesa utiliza a fitoterapia e outros medicamentos como seu último recurso para combater os problemas de saúde.

Segundo a sua crença básica, o corpo humano dispõe de um sistema sofisticado para localizar as doenças e direcionar energia e recursos para curar os problemas por si mesmo.

O objetivo dos esforços externos deveriam focar-se em auxiliar cuidadosamente as funções de auto cura do corpo humano, sem interferir.

Refletindo sobre esta mesma ideia, um ditado chinês diz que:

“Qualquer remédio tem 30% de ingredientes venenosos”.

Atualmente, a medicina tradicional chinesa está a incorporar progressivamente técnicas e teorias da medicina ocidental em sua práxis, em especial os tipos de exames sem caraterísticas invasivas.

 

Outras técnicas associadas a estes métodos

O diagnóstico na MTC.

Os aspetos básicos a considerar num diagnóstico pela MTC são:

  • observar (望 wàng),
  • ouvir e cheirar (聞 wén),
  • perguntar sobre o histórico do paciente (問 wèn),
  • palpar o pulso, tórax e abdome, várias partes do corpo, os canais e os pontos (切 qiè).

A partir das informações reunidas desta forma pelo terapeuta, é elaborado um diagnóstico usando como referência um sistema para classificar os sintomas apresentados.

Este sistema fundamenta-se no conhecimento dos seguintes princípios teóricos:

  • A relação de Yin/Yang
  • A Teoria dos Cinco Elementos
  • Os oito princípios do Ba Gua
  • A teoria dos órgãos Zang Fu
  • Os Meridianos de energia
  • Os Seis níveis
  • Os Quatro estágios
  • O Triplo aquecedor
  • Diagnóstico do pulso na artéria radial do paciente em seis posições distintas para avaliar o fluxo de energia em cada meridiano.
  • Observação da face do paciente.
  • Observação da aparência dos olhos do paciente.
  • Observação da aparência da língua do paciente.
  • Observação superficial do pavilhão auricular.
  • Observação do som da voz do paciente.
  • Palpação do corpo do paciente, especialmente do abdómen.
  • Comparações da temperatura em diferentes partes do corpo do paciente.
  • Observação da veia do dedo indicador em crianças pequenas.
  • Tudo mais que possa ser observado sem instrumentos e sem ferir o paciente, como uma conversa levantando seu histórico de saúde e suas queixas atuais.

Para trabalhar com os sistemas de diagnósticos da MTC é preciso desenvolver a habilidade de observar aparências subtis, observar o que está bem à nossa frente mas escapa da observação da maioria das pessoas.

Na China atual, cada vez mais o diagnóstico pela MTC interage com métodos de diagnóstico ocidentais, direcionando-se gradualmente para uma total integração entre os dois sistemas. Frequentemente, os praticantes combinam os dois sistemas para avaliar como reagem os seus pacientes.

Fonte: Wikipedia